Fotos: Bruno Guevara / arquivos Bruno Guivares
Quantas
figuras são produzidas sem se dá conta da eficiência das técnicas desenvolvidas
no decorrer do tempo. As fotos do passado são verdadeiras fontes de recordação
de tempos vividos e uma única vez registrada. Sim, porque a experiência nos
mostra que não se registra a mesma imagem duas vezes. Tal qual a água de um rio
não molhará duas vezes o mesmo corpo, a imagem não se congelará no tempo para
ser novamente captada.
O
avanço das técnicas de captar imagens, seja na fotografia, cinema ou televisão,
foi aos poucos se adaptando a nova realidade, avançando e aperfeiçoando-se ao
chamado “automatismo”. Para PARENTE (1993) “As
técnicas figurativas não são apenas meios para criar imagens de um tipo
específico, são também meios de perceber e de interpretar o mundo”.
Esse
recurso figurativo tem sido testemunha de nossa existência, através dos tempos.
Desde as primeiras tentativas de registrar os movimentos da humanidade, o homem
busca aperfeiçoar suas técnicas e inovar na forma de adquirir registros mais
perfeitos. Sendo assim, “A imagem se dá,
então, como a representação do real” (Parente, 1993, p.39), a perpetuação
daquele momento que não volta mais.
Referências:
PARENTE, André.
Imagem-máquina: a era das tecnologias do virtual / André Parente (org.);
tradução de Rogério Luz et alii. – Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. 304 p.
(Coleção TRANS).
