Se antes ser
analfabeto representava falta de estudo e até discriminação entre as pessoas,
hoje o mundo gira em torno de tecnologias que nos levam a ser, muitas vezes,
autodidatas, não das letras do alfabeto ou das palavras escritas, mas da
linguagem aplicada nos dispositivos eletrônicos.
Para as crianças não
é mais necessário as cansativas “carteiras” escolares para aprender o ABC da
atualidade, desde muito cedo são levadas a manusear os mais diversos
equipamentos disponíveis tornando-se assim “alfabytizados”. (RIBEIRO, 2009, p. 24). Esses
avanços nos trazem as mudanças de hábito que Bonilla e Sabillón sustentam como “surgimento
da tecnologia digital”, que nos leva a compartilhar da evolução desse processo
em constante transformação. Assim pegamos carona nessas novas “[...] práticas
sociais, que são determinadas pelas necessidades geradas pelo ambiente que o
indivíduo desenvolve.” (BONILLA e SABILLÓN, 2016).
A nível de Brasil
essas mudanças esbarram, muitas vezes, em falta de estrutura para nossas
crianças e até adultos usufruírem dessas tecnologias. Para BONILLA e PRETO
(2015, p. 504) “[...] a implantação dessas políticas públicas não supera a
visão esquizofrênica de poder que tem caracterizado a política brasileira.”.
Assim, muitos ainda continuam na situação de “analfabytes” (RIBEIRO, 2009).
Referências:
BONILLA, M. H. S. e
PRETO N. D. L. Política educativa e cultura digital: entre práticas escolares e
práticas sociais. In: PERSPECTIVA, Florianópolis, v.33, n.2, p. 499-521, mai./ago.
2015.
RIBEIRO, Ana Elisa.
Letramento Digital: Um Tema em Gêneros Efêmeros. In: Revista da ABRALIN, v.8,
n.1, p. 15-38, jan./jun. 2009.
SABILLÓN, C. M. e
BONILLA, M. H. S. Letramento Digital:
una nueva perspectiva conceptual. 2009. Disponível em: http://senid.upf.br/images/pdf/151349.pdf.
Bruno você comenta sobre as desnecessárias "carteira" cansativas. Concordo. Nossas escolas ainda vivem um formato que não condiz mais com nossa sociedade. É urgente propormos a transformação do ambiente escolar.
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